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TJ-AL nega pedido de prefeitura para realização de vaquejada em Palmeira

Decisão foi proferida pelo presidente do TJ, na sexta-feira (11). Vaquejada começaria no dia 10 e iria até o dia 13 deste mês.


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  Fonte: G1 AL

Vaquejada em Palmeira dos Índios tem sido alvo de ações na Justiça desde seu anúncio

Vaquejada em Palmeira dos Índios tem sido alvo de ações na Justiça desde seu anúncio   Foto: Divulgação/Tatiana Azeviche/BBC

Postado em: 12/11/2016 às 23:11:23

O desembargador João Luiz Azevedo Lessa, presidente do Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ-AL), negou um pedido feito pela prefeitura de Palmeira dos Índios e manteve suspensa a realização da 25ª Vaquejada Parque Ulisses Miranda 2016. O evento seria realizado entre os dias 10 e 13 deste mês.

A decisão do desembargador foi proferida na noite de sexta-feira (11). No pedido feito à Justiça, a prefeitura alegava que a não realização do evento prejudicaria a economia do município.

“Não há provas pré-constituídas de tais alegações. Eventual prejuízo seria experimentado diretamente pelos entes privados, quais sejam, os organizadores do evento, os donos de hotéis, bares e restaurante, não envolvendo, ao menos diretamente, o Município de Palmeira dos Índios”, afirma o desembargador.

Além disso, a prefeitura também alegou que se o evento não fosse realizado, poderia haver pertubação da ordem pública. Essa alegação também foi rejeitada pelo presidente do TJ.

“Portanto, se, porventura, a decisão proferida pelo juízo ferou ‘comoção generalizada’ e abalo à ordem pública, o que não restou demonstrado, este ‘prejuízo’ deve ser atribuído aos organizadores do evento e à Associação dos Vaqueiros do Brasil, que não tiveram a cautela necessária, notadamente quando se trata de tema na ordem do dia e com decisão da Suprema Corte, denotando dano à fauna e contrariedade ao texto constitucional”, diz Lessa.

A decisão proferida pelo presidente do TJ não impede, no entanto, a realização da programação musical do evento.

Outro pedido
Ainda na sexta, a Defensoria Pública entrou com um recurso na Justiça para pedir a revogação da suspensão da vaquejada em Palmeira. O evento havia sido suspenso após uma ação movida pelo Ministério Público e por um defensor público de outro núcleo do órgão. Esse pedido ainda não foi julgado.

Segundo os defensores Bruna Rafaela Pais e Carlos Eduardo Monteiro, o judiciário não possui conhecimento da causa para julgar a ação civil pública ambiental que pedia o cancelamento do evento. Na quinta (10), estes mesmos defensores já haviam ingressado com uma outra ação civil pública pedindo a realização da vaquejada.

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