Segundo dia da Bienal do Livro tem lançamento da Academia Alagoana de Literatura de Cordel

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Na tarde deste sábado (30), muitos adeptos do gênero literário, construído com rimas e relatos populares, participaram do lançamento. Cordelistas do estado recitaram poemas escritos por eles para celebrar a data.

O escritor Ciro Veras destacou que a criação da Academia dar mais visibilidade aos cordelistas do estado. “Temos muitos cordelistas no estado e agora eles estarão mais unidos”, observou.

Os participantes destacaram a importância de valorizar a literatura de cordel, bastante conhecida no Nordeste do Brasil. São folhetos impressos de forma artesanal, muitos deles com técnicas da xilogravura, desenhos feitos no papel com o uso de "carimbos" entalhados na madeira, e comercializados expostos em barbantes nas feiras livres.

Da cidade de Pão de Açúcar, município do Sertão alagoano, Cristovão Augusto, é graduado em Letras, e há 15 anos escreve literatura de cordel, contando causos sobre a vida do sertanejo alagoano.

Ele destacou a importância desse momento para os escritores do gênero. “Essa fundação da academia vai fortalecer o cordel dentro do nosso estado”, destacou.

A programação da Bienal tem como foco a cultura e identidade regional do estado. Estão acontecendo lançamentos de livros, oficinas, espetáculos, palestras, exposição de estandes variados, contações de histórias e bate-papos com autores.

Muitos autores de livros estão presentes no evento. A escritora Márcia Baldine estava apresentando exemplares de dois livros infantis que escreveu junto com a escritora Adriana Justino.

“É uma experiência fantástica onde tenho a oportunidade de conhecer várias pessoas e falar do nosso trabalho”, ressaltou a escritora.

A cultura nerd tem um espaço reservado na Bienal. Além de livros, o espaço conta com desenhos, bonecos e quadrinhos. “Sempre participo da Bienal. Neste ano estou fazendo caricaturas e também expondo alguns trabalhos“, disse o desenhista Levy Paz.

O espaço atraiu a estudante Amanda Tainá Neves, 19, que levou os dois irmãos neste sábado. “É a segunda vez que venho e este ano achei muito bom o espaço para o mundo nerd”, comenta.

O irmão de Tainá, o estudante Lucas Gabriel Neves, 6, disse que gosta muito de ir a Bienal memso não sendo letrado ainda. “Acho muito bom ver os livros e os desenhos”, fala.