‘Se houver provocação, responderemos à altura’, diz Aécio
Presidente do PSDB diz que disposição é fazer perguntas técnicas sobre crimes que a presidente afastada cometeu.
Fonte: Msn Notícias
Foto: Ricardo Botelho/Brazil Photo Press/Agência O Globo
Apesar de terem definido que o tom das perguntas na sessão em que a presidente afastada Dilma Rousseff deporá no Senado, nesta segunda-feira, será respeitoso, os senadores da base aliada a Michel Temer afirmam que, caso a petista parta para o ataque, haverá resposta.
— Nossa disposição é de fazer perguntas duras e técnicas sobre os crimes que a presidente afastada cometeu, mas caberá a ela dar o tom. Se o tom for de provocação, responderemos à altura — disse o presidente do PSDB, Aécio Neves (MG), após reunião dos líderes da base aliada ao governo Temer.
O senador Tasso Jereissati (PSDB-CE) também não pretende ficar calado caso haja provocação. Disse que, se Dilma falar em "golpe", será repreendida:
— Falar em golpe é provocar. Se ela vier neste tom, vamos responder, chamá-la de mentirosa.
Líder do DEM, Ronaldo Caiado (GO) foi na mesma linha:
— A cada ação corresponde uma reação — afirma Caiado.
Aécio afirmou ainda que, ao contrário do que estava programado, todos os senadores de seu campo político decidiram que farão perguntas a Dilma. Inicialmente, a previsão era que apenas cerca de 25 perguntassem, contra os 20 inscritos favoráveis a Dilma.
Os aliados da petista também mudaram a estratégia e trocaram o senador Paulo Paim (PT-RS) pela senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) como primeira inscrita nas perguntas a Dilma. Kátia, que foi ministra de Dilma, tem se destacado pela defesa contundente da sua ex-chefe, inclusive com ataques ao presidente interino, Michel Temer, responsável pela sua filiação ao PMDB.
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