Prefeitura pede apoio da PM contra casos de animais envenenados

A Prefeitura de Pão de Açúcar enviou nota à Gazetaweb, nesta sexta-feira (3), afirmando que tomou conhecimento dos casos denunciados pela ONG Animal Feliz, de que animais estão sendo envenenados e mortos na cidade.

A gestão solicitou apoio ao comandante local da Polícia Militar (PM) para evitar que esse tipo de caso continue ocorrendo no município. Além disso, disse que dispõe de câmeras de videomonitoramento que, inclusive, ficam no Centro Integrado de Segurança Pública (CISP) e estão a serviço dos órgãos.

A gestão, no entanto, reforçou que não cabe à prefeitura a investigação e punição quanto aos maus-tratos a animais e que, nos últimos anos, o número de animais abandonados tem crescido devido à falta de cuidados dos tutores.

"Com tristeza tomamos conhecimento destes casos, através de denúncias. Lamentamos que, infelizmente, alguns proprietários de animais não cumprem com sua responsabilidade de zelo e cuidado e os abandonam indiscriminadamente pelas ruas. De alguns anos pra cá, o número de animais abandonados tem crescido. O poder público municipal, ontem mesmo, inaugurou um centro de castração animal, para atuar na diminuição progressiva dos animais abandonados que, hoje, tem se reproduzido sem qualquer controle", diz o comunicado oficial.

"Entendemos que a questão animal deve ter um esforço conjunto, que vai do poder público, mas, principalmente, de conscientização da população para que evite o abandono indiscriminado e, principalmente, não cometa crimes de maus-tratos", reforça a nota.

Nas redes sociais da ONG, eles denunciam que, nessa quinta-feira (2), mais três cães e vários gatos foram envenenados na cidade. Eles pedem que o poder público tome providências acerca dos crimes. “Essa cidade é conhecida por exterminar animais de rua, e matam da pior forma. Também é normal fazerem eutanásia em animais sadios e com qualquer doença”, destaca a ONG.

Segundo relatos de testemunhas do município, os animais de rua em Pão de Açúcar, além de envenenados, são enforcados e os filhotes jogados no rio. Várias denúncias neste sentido foram feitas à entidade, que classifica a cidade como ‘terra sem lei’.

A Polícia Civil de Alagoas (PC/AL) está investigando os casos.