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Pão de Açúcar, terra banhada pelo Velho Chico e abençoada pelo Cristo Redentor, precisa acontecer!

O atual e os futuros prefeitos, nos próximos 12 anos, precisam tirar o município do atraso em que se encontra, priorizando o desenvolvimento desta terra vocacionada para o turismo.


Vista panorâmica da cidade de Pão de Açúcar, Alagoas

Vista panorâmica da cidade de Pão de Açúcar, Alagoas   Foto: Reprodução/Google

Postado em: 11/09/2017 às 23:45:55   /   por Helio Fialho

Considerado um dos mais antigos municípios de Alagoas, possuidor de paisagens de belezas ímpares, Pão de Açúcar precisa sair do atraso que o condiciona a retroceder no tempo, em se tratando de desenvolvimento econômico – porque já houve tempo em que o comércio local era muito mais forte, principalmente com as produções de arroz, algodão e milho  beneficiadas dentro do próprio município.

Segundo a história, o povoamento é datado de 1611 com nativos e gente branca. E partes do seu território foram desmembradas para a criação dos municípios de Piranhas, São José da Tapera, Palestina, Monteirópolis e Jacaré dos Homens.

Atualmente dois destes cinco  municípios hoje estão  em ascensão – Piranhas e São José da Tapera –  sendo   a “Cidade Lapinha”, uma referência para o Brasil, principalmente por ter sido escolhida para gravações de algumas  novelas globais e documentários, além de ter sido beneficiada pela construção da Usina Hidrelétrica de Xingó.

Com uma população de 25.928  habitantes (IBGE 2017), Piranhas é hoje considerada a terra onde o turismo está em alta porque o fluxo de turistas vem aumentando a cada ano e, por isso, é um dos destinos mais visitados em Alagoas, nos últimos doze anos, o que fez surgir  vários hotéis, pousadas,  restaurantes e embarcações para passeios turísticos. O pontapé inicial foi dado depois da inauguração da Usina Hidrelétrica de Xingó, em 10 de junho de 1994, uma das mais famosas do País.

Com o fim dos canteiros de obras em Xingó surgiu a “cidade  de moradores fantasmas”, em consequência da debandada de trabalhadores e suas respectivas famílias, o que fez firmar-se a brilhante parceria  entre a Prefeitura de Piranhas/ CHESF/ Instituto Xingó/Secretaria de Estado do Turismo e outros órgãos com o objetivo de transformar o lugar em importante destino turístico. Priorizaram o setor, o desenvolvimento turítico chegou com força e hoje pode-se dizer que Piranhas é um destino em evidência.

 Já o município de São José da Tapera, com uma população de 32.626 habitantes (IBGE 2017), vem crescendo de forma extraordinária, graças a investimentos que vêm sendo feitos por instituições e empresários, os quais estão transformando uma terra antes mergulhada nos piores indicadores sociais do País, em um município onde o desenvolvimento encontra-se de vento em popa.

Enquanto isso, a sofrida Pão de Açúcar, terra de encantos e belezas, não passa de uma terra adormecida no atraso e na sombria esperança de um progresso que não chega, apesar de sua extraordinária vocação turística e ser considerada um extraordinário celeiro de artistas dos mais diversos talentos – música, artesanato, escultura, pintura, literatura e tantas outras artes.

Se os atrativos naturais e culturais existentes em Pão de Açúcar fossem enxergados com mais atenção e cuidados pelos gestores públicos e o desenvolvimento do turístico fosse priorizado pelos prefeitos em seus programas oficiais de governo, já teriam transformado a realidade desta terra banhada pelo Velho Chico e abençoada pela imagem do Cristo Redentor.

Mas, durante todo esse tempo, o que temos presenciado é o município andando na contramão do desenvolvimento, apesar de ter recebido do Ministério do Turismo/EMBRATUR, em 7 de março de 1996, o Selo de Município com Potencial Turístico.

Infelizmente, já passados 21 anos desta titulação, nada evoluiu em matéria de desenvolvimento e a consolidação do turismo parece estar distante de acontecer porque o principal obstáculo é a falta de vontade política.

 Enquanto os gestores municipais não priorizam a indústria sem chaminés, já que Pão de Açúcar possui essa extraordinária vocação, os esgotos residenciais continuam a escorrer a céu aberto, provocando fedentina e doenças, apesar de a Prefeitura Municipal já ter recebido alguns milhões em dinheiro para a construção do tão necessário sistema de Esgotamento Sanitário, cuja obra nunca foi concluída.

A orla fluvial da cidade é outro ponto que faz vergonha de ver. É neste local onde se concentram os moradores e visitantes em busca de lazer. Desde a época em que foi inaugurada, em 31 de janeiro de 1973, pelo então prefeito Antonio Gomes Pascoal (1970 a 1973),  a Praça Presidente Emílio Garrastazu Médici (o  busto  do homenageado foi aposto em maio de 1972), desde 1989 denominada Praça Afrânio Rodrigues Correia, nenhuma outra obra foi realizada pela Prefeitura com a finalidade de conservação ou revitalização deste local.

Já passados 28 anos da aprovação da lei que mudou o nome desta praça,  sequer substituíram o busto do general que mandou executar centenas de estudantes durante a Ditadura Militar, por um busto do ilustre pão-de-açucarense Ascânio Rodrigues Correia, sendo esta uma prova incontestável do grande descaso.

Outro caso vergonhoso é o  antigo sobrado localizado na Avenida Ferreira de Novais, nº 1001, reconhecido como Paço Imperial, através do Decreto Estadual nº 4199, de 18 de outubro de 2009. Nele, Sua Majestade O imperador Dom Pedro II, quando de sua viagem à Cachoeira de Paulo Afonso (Bahia), pernoitou nos dias 17 e 22 de outubro de 1859.

Neste sobrado, construído em 1854, também funcionou a Casa da Câmara, o Hotel Imperial e um depósito de bebidas pertencente à família Gonçalves de Andrade, proprietária do imóvel.  E apesar do sobrado ter sido cedido pelo proprietário Elmano Machado Gonçalves através de  contrato de comodato, o governador da época ter assumido o compromisso de ajudar financeiramente a Prefeitura  na restauração, uma promessa que não foi cumprida, o prédio continua completamente abandonado e prestes a desabar porque nenhuma obra de revitalização foi realizada  e a tão sonhada casa da cultura e/ou museu  não passa de um sonho.

 O Monumento Cristo Redentor, erguido no histórico Morro do Cavalete, obra do escultor João Lisboa, inaugurado em 29 de janeiro de 1950, é o segundo atrativo turístico mais visitado na cidade. Foi construído durante a gestão do então prefeito Carlos Serafim dos Anjos (1948 a 1950), só recebeu duas obras de revitalização, nos últimos 24 anos (uma realizada na primeira gestão do então prefeito Cacalo ( 1993 a 1996) e outra na gestão do então prefeito Dr. Jasson ( 2009 a 2012). Depois voltou a mergulhar em completo abandono. E pior abandono foi dado à Churrascaria do Cristo Redentor,  construída durante agestão do então prefeito Eraldo Lacet Cruz (1977 a 1983) e ampliada e mobilhada durante a gestão do então prefeito Elísio Sávio dos Anjos Maia (1983 a 1988). Nos últimos 24 anos nenhuma obra de conservação ou ampliação foi realizada pela Prefeitura de Pão de Açúcar, apesar deste importante patrimônio público ter sido terceirizado há 24 anos. A fascinante visão panorâmica do Velho Chico tem atraído um grande número de clientes para este importante ponto turístico, porém, chegam a ser gritantes as reclamações a respeito das instalações sanitárias deste lugar.

O Aquário da Praça da Matriz, um importante atrativo turístico, encontra-se completamente abandonado desde 2013. O mesmo abandono foi decretado, desde 2013, à Fonte Luminosa construída em uma das praças da Avenida Bráulio Cavacante (trecho da Rua de Cima) pelo então prefeito Dr. Jasson, em 2012. Estas duas belas atrações encontram-se, desde 2013, completamente abandonadas, assim como está quebrado e arrancado o termômetro instalado na Praça do Sesquicentenário (Praça dos Correios). Durante a gestão do então prefeito Dr. Jasson a Praça do Sesquicentenário recebeu cuidados especiais e o termômetro vivia em permanente manutenção.

Seria injusto não mencionar algumas obras muito importantes realizadas durante o período de 1977 a 2016, pelos  prefeitos abaixo elencados.

 Eraldo Lacet Cruz (1977 a 1983): construiu  as unidades escolares Senador Rui Palmeira (na Avenida Ferreira de Novais) e Álvaro Farias (no Povoado Santiago), os postos de saúde do Povoado Jacarezinho, a Churrascaria do Cristo Redentor e outras, além de ter resgatado o carnaval de rua e firmado parceria com o governo estadual para a construção de um conjunto habitacional, conhecido como “COHAB Velha”, localizado logo após o Cemitério São Francisco de Assis. 

Elisio da Silva Maia (1983 a 1988): construiu o moderno cemitério da cidade, a Unidade Escolar Ronalço dos Anjos (na COHAB Velha) o Conjunto Habitacional conhecido como “COHAB Nova”, localizado no antigo “Campo de Cima”; revitalizou todos os jardins ao longo da Avenida Bráulio Cavalcante,  instalou dezenas de bancos com nomes de filhos ilustres, nas praças localizadas ao logo da principal artéria da cidade.

 Elísio Sávio dos Anjos Maia (1989 a 1992): construiu a sede da Câmara de Vereadores, na Avenda Bráulio Cavalcante; construiu os calçamentos do Campo Grande e de parte do Alto Fonseca,  ampliou e mobilhou a Churrascaria Cristo Redentor, além de ter criado a festa junina pública e o “Palhoção do Povo” que, na gestão seguinte foi batizada de “Forroçúcar”.

Antonio Carlos Lima Rezende, “Cacalo” (1993 a 1996/2005 a 2008): construiu a Unidade Simplificada de  Compostagem de Lixo, o Centro de Saúde Dr. Heitor Moreira de Albuquerque (no  Campo Grande), o Centro Cirúrgico e Obstétrico da Unidade Mista Dr. Djalma Gonçalves dos Anjos, os postos de saúde de Santiago e Impueiras, os sistemas de abastecimento de água encanda das comunidades Ilha do Ferro, Meirus, Jacarezinho, Santiago, Espinhos e Pacu, a energia elétrica das comunidades Impueiras e Pontal, as unidades escolares do Poço do Sal e Poço Grande, além de ter criado a Biblioteca Aldemar de Mendonça, espaço cultural que passou a contar com a Galeria dos Escritores Pão-de-açucarenses e uma exposição permanente de fósseis de animais pré-históricos;  o “Concurso Garota Paraíso da Água Doce”, realizado apenas duas edições deste evento, na Praia do Velho Chico,  no primeiro dos dois mandatos que exerceu como prefeito.

Jasson Silva Gonçalves, “Doutor Jasson”(2009 a 20012) : criou a Casa do Atesanato Fernando Rodrigues (na sede do município), instalou o renomado Museu Ambiental Casa do Velho Chico (na sede), revitalizou o Monumento Cristo Redentor, construiu uma Fonte Luminosa (na Avenida Bráulio Cavalcante), revitalizou todas as praças localizadas ao longo da Avenida Bráulio Cavalcante, revitalizou o Áquário da Praça da Matriz, a Praça Sesquicentenário e instalou um termômetro para registrar a temperatura da cidade, além de ter criado o evento “Pão de Açúcar 40 Graus” (na Praia do Velho Chico).

Durante a gestão do prefeito Dr. Jasson foi  realizado o emplacamento de todas as carroças de burro existentes na cidade, com distribuição de uniformes padronizados para os carroceiros; padronizou todas as barracas que comercializavam, na época, alimentos e bebidas na Praia do Velho Chico; urbanizou as comunidade Baixa do Burro e Alto Humaitá, construindo escadarias com  corrimãos  de acesso às residências do Alto Humaitá,  sendo todas estas obras realizadas com recursos próprios, época em que o município de Pão de Açúcar encontrava-se com pendências no Cadastro Único de Convênios (CAUC) e, também, com redução significativa na receita do FPM, por conta de um erro cometido pelo IBGE durante o Censo 2008 (resultado divulgado em 2009).

Dr,. Jasson construiu, ainda, 45 casas populares, em terras localizadas no “Pai Mateus”; deu início à revitalização da orla fluvial de Pão de Açúcar, porém, a obra logo foi paralisada por falta de recursos financeiros.

Jorge Silva Dantas: Durante os seus três mandatos (1997 a 2000/2001 a 2004/2013 a 2016) conseguiu calçar quase cem por cento das ruas da cidade e dos povoados; levou água encanada para dezenas de comunidades rurais, construiu e recuperou diversas escolas e postos de saúde, apoiou a criação da Cooperativa Art-Ilha, no Povoado Ilha do Ferro;  criou o projeto de agricultura familiar “Pimentão Orgânico, na Ilha do Ferro;  iniciou a construção do  Aterro Sanitário, na sede do município; construiu o Laboratório de Alevinos, constriuiu diversos ginásios poliesportivos, eletrificou várias comunidades rurais, construiu o Calçadão da Travessa João Antonio dos Santos, construiu a Academia de Saúde, na sede do município; construiu uma creche na Rua Gilberto Soares Pinto (a obra não foi entregue à população porque faltou mobilhar e estruturar a unidade para funcionamento);  instalou a Casa do Empreendedor, trouxe a Indústria do Conhecimento e outras  tantas obras, incluindo as inacabadas obras de Esgotamento Sanitário e a unidade frigorífica de conservação de pescados.

Durante os dois primeiros mandatos, Jorge Dantas foi um dos  prefeitos alagoanos que mais conseguiram recursos da União e Estado para o município de Pão de Açúcar, pois durante este período estavam no comando do Governo Federal e do Governo de Alagoas os psdbistas Fernando Henrique Cardoso (presidente da República) e Teotonio Vilela Filho (governador), respectivamente, os quais foram muito benevolentes para com os municípios administrados  pelos prefeitos psdbistas, na época. Em seu terceiro mandato conseguiu melhorar significativamente o IDEB da maioria das escolas municipais, sendo destacadas a nivel estadual.

Podemos observar que os gestores aqui elencados e outros que não foram listados  construíram muitas obras importantes para a população pão-de-açucarense. Contudo, não priorizaram o setor que poderá ser a galinha dos ovos de ouro de Pão de Açúcar – o Turismo.  E por falta de prioridade e vontade política, a Terra de Jaciobá encontra-se adormecida no atraso, na sombria esperança de um progresso que não chega. Por este e outros motivos, o Espelho da Lua está ofuscado e andando a passos de caranguejo.

Ao longo do tempo fecharam as indústrias de beneficiamento de algodão, arroz e milho; a Usina de Compostagem de Lixo foi desativada; o Pimentão Orgânico não mais existe; o  Laboratório de Alevinos fechou; o Aterro Sanitário e a Unidade de Conservação de Pescado  nunca funcionaram; o Aquário Público e a Fonte Luminosa foram abandonados,  enquanto que o Sistema de Esgotamento Sanitário não passa de uma obra inacabada e sem prazo para ser concluída.

E para confirmar o grande retrocesso, basta olhar para o debilitado comércio local e a grave redução populacional ocorrida em 2016, confirmada pelo IBGE em 2017.

Possivelmente  não teria ocorrido essa grande migração de moradores de Pão de Açúcar para outros municípios, se o Paraíso da Água Doce já estivesse com o desenvolvimento turístico consolidado, pois o boom turístico faz  gerar oportunidades de emprego e  renda para os moradores.

Ms é iimportante destacar que o desenvolvimento turístico de um município não se consolidará enquanto existir esgotos residenciais escorrendo a céu aberto. E a realização de grandes eventos públicos jamais fará turistas pernoitarem em uma cidade se esta não possuir infraestrutura para acomodá-los.

 

Demolições indesejadas

Aos poucos o antigo casario está dando lugar a prédios modernos, construídos aos olhos cegos das autoridades municipais e sem a devida autorização e fiscalização dos órgãos públicos afins. E o único antigo sobrado que resta está prestes a desabar e deixará, assim, muito mais pobre a memória de Pão de Açúcar.

 

Desafios

E diante desse preocupante quadro de letargia que impede o desenvolvimento desta terra ribeirinha, resta agora ao prefeito Flávio Almeida da Silva Júnior e a outros que venham assumir os destinos do município, nos próximos 12 anos, colocarem Pão de Açúcar no prumo e fazer esta terra de belezas mil decolar para alcançar o pleno desenvolvimento turístico, aproveitando a vocação extraordinária da antiga taba dos guerreiros Urumaris.

Ao prefeito Flávio Almeida,  estando este a menos de um ano no comando do município e com um importante programa de governo para executar, segundo ele, cabe tornar realidade alguns projetos de infraestrutura turística que venham impulsionar o boom tão esperado pelos amantes de Jaciobá, estando entre as obras a serem priorizadas:

- Rrevitalização da orla fluvial;

-Revitalização do antigo sobrado onde se hospedou Dom Pedro II;

- Construção de uma estação rodoviária, na sede do município; construção de um píer; - instalação de refletores  ao longo da Praia do Velho Chico;

- revitalização do Parque da Paciência;

- revitalização e urbanização da “Lagoa de Armando Machado”, nas proximidades do Alto Humaitá;

- Revitalização do Aquário da Praça da Matriz;

- Revitalização da Fonte Luminosa;

- Tombamento do antigo casario da Vila Limoeiro;

- Revitalização da “Prainha do Limoeiro”;

- Melhoria e conservação contínua das estradas de acesso às comunidades Ilha do Ferro e Limoeiro;

- Melhoria da estrada de acesso à Reserva Ambiental do Sítio Mato da Onça;

- Implantação do Turismo Rural, executando o projeto “Rota dos Cangaceiros”, com saída do Povoado Meirus e chegada  em  Emendadas e Novo Gosto;

-Incentivar o Turismo Rural através da visitação aos Sítios Rupestres, localizados em comunidades da “Região de Cima”;

- Melhoria e manutenção contínua das estradas vicinais do município;

- Conclusão da obra de Esgotamento Sanitário;

- Incentivo à instalação de empresas de médio e grande portes dentro do município;

- Revitalização da Churrascaria Cristo Redentor;

- Revitalização  do Monumento Cristo Redentor;

- Adotar a coleta seletiva de lixo;

- Reativar o Laborátório de Alevinos;

- Fazer funcionar a câmara frigorífica/apoio aos projetos de piscicultura;

- Reativar as padarias comunitárias e a fábrica de fubá de milho, adquiridas junto à Fundação Banco do Brasil;

- Fazer funcionar a fábrica de polpa de frutas, na Vila Limoeiro (adquirida junto à Fundação Banco do Brasil);

- Fazer funcionar a fábrica de tijolos, na Ilha do Ferro (adquirida junto à Fundação Banco do Brasil);

- Outras que venham fortalecer o turismo local.

Neste artigo, longe deste autor a pretensão de querer  criticar negativamente qualquer gestor público de Pão de Açúcar, pois cada um deles teve papel importante durante seus respectivos mandatos. Mas a crítica construtiva, desprovida de baixarias, fundamentada na verdade, haverá sempre de prevalecer porque fortalece a democracia, além de ajudar o gestor público a corrigir os equívocos cometidos.  

O que aqui está sendo mostrada  é ausência de desenvolvimento turístico deste município vocacionado e que não foi priorizado quando deveria ter sido e, por este motivo, a população sofre as consequências dessa prejudicial falta de vontade política. E não adianta querer transferir a responsabilidade do problema para o titular de determinada pasta porque em  municípios de pequeno porte o poder de decisão e as prioridades financeiras sempre estão nas mãos do prefeito.

Sem dúvida, a perpetuidade de dirigentes políicos no poder, isto é, a falta de alternância, muito contribuiu para que este torrão ribeirinho estagnasse no tempo e não pudesse brilhar.  Contudo, apesar do  grande prejuízo  causado ao longo de todo esse tempo por um modelo ultrapassado de política coronelista, muita coisa ainda pode ser feita para o engrandecimento do município.

Portanto,  é preciso pensar grande, pensar no coletivo,  deixar de lado os interesses pessoais e os sentimentos mesquinhos,  em nome de uma cidade próspera e de um povo independente financeiramente – porque Pão de Açúcar precisa acontecer!

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