Os Jogos Olímpicos e o colapso total no Rio de Janeiro

O espetáculo esportivo mais esperado está chegando. A partir do dia 5 de agosto a Cidade Maravilhosa será o centro das atenções do mundo inteiro. Para que a cidade tivesse uma infraestrutura adequada para receber os Jogos Olímpicos e Paraolímpicos, o governo investiu bilhões em obras que atendesse as expectativas dos organizadores e, consequentemente, ficará de herança para os moradores.

Diante da crise que o Brasil está enfrentando, os jogos deixaram de ser prioridade, pelo menos para quem vive no País. No Rio de Janeiro, a cada novo acontecimento, os moradores deixam os jogos em segundo plano.

Recentemente o governador em exercício Francisco Dornelles decretou estado de calamidade pública devido à grave crise econômica que assola o Estado. Segundo Dornelles, o governo teme total colapso em saúde, segurança, educação e mobilidade.

O hospital Souza Aguiar, que será referência durante as Olimpíadas e a principal unidade de emergência do Estado do Rio de Janeiro, foi invadido recentemente por criminosos para resgatar um traficante. Houve troca de tiros deixando um policial baleado, um enfermeiro em estado grave e um homem que estava no hospital morto.

Funcionários públicos estão com salários atrasados, a polícia perde força para combater a violência e os jogos estão ameaçados. Apesar de estar em alerta, o prefeito Eduardo Paes garante que a crise não atingirá os Jogos Olímpicos. Na verdade, atinge a população diariamente.

No domingo (24), a Vila Olímpica foi oficialmente aberta para a chegada das delegações, porém não foi aprovada por todos. Com muitos problemas nos apartamentos, a delegação da Austrália deixou o local para ir para hotéis. Segundo os australianos, nos prédios havia muito cheiro de gás, vazamento de água e defeitos na eletricidade. Em outros apartamentos havia muitos entulhos no banheiro, fios expostos, lixo no estacionamento, entre outros defeitos.

Empresas foram contratadas para fazer o reparo dos prédios e o Comitê dos Jogos do Rio garante que a Vila estará totalmente pronta antes da abertura oficial dos jogos. O prefeito Eduardo Paes entregou as chaves para representantes da Austrália na quarta-feira (27) e as delegações continuam chegando para ocupar a Vila Olímpica.

O evento, realizado entre os dias 3 e 21 de agosto, no Rio de Janeiro, vai trazer cerca de 10.500 competidores de 205 países, disputando 42 modalidades diferentes de esportes em 17 dias.

Infelizmente, este ano a protagonista não será as Olimpíadas e sim a crise que afeta a maior parte da população brasileira. Apesar disso, que os jogos sejam uma diversão para o povo, mas que em nenhum momento as pessoas fechem os olhos para tudo que está acontecendo no Brasil. Afinal, no fim de agosto os jogos acabam e os problemas continuam.