A histórico Avenida Bráulio Cavalcante jamais poderá ser asfaltada. A Obra significa agressões cultural e ambiental.
O getor municipal precisa ouvir a populaçao sobre este projeto, caso ele exista.
Trecho da Avenida Bráulio Cavalcante Foto: Notícia Quente/Helio Fialho
Aliados políticos do prefeito Flavinho estão dando como certa a execução da obra de asfaltamento da Avenida Bráulio Cavalcante, a principal artéria da cidade.
Para os verdadeiros amantes da plaga de Jaciobá, esta obra é inaceitável porque deixará o centro da cidade com aspecto de rodovia, embora há quem defenda o asfaltamento que, segundo os defensores da obra, trará um visual de cidade próspera e com aspecto de desenvolvimento. e modernidade. Será mesmo que o desenvolvimento de Pão de Açúcar virá através de asfaltamento das princpais ruas? Ou virá através de investimentos em obras de infraestrutura e em projetos e programas de geração de emprego e renda, incluindo o apoio e incentivo ao trade turístico, dentre outros setores?
Caso o projeto venha a ser executado numa parceria entre os governos municipal e estadual, os aspectos estético e paisagístico desta histórica cidade ficarão prejudicados, principalmente no trecho que compreende a principal avenida da cidade.
Não há como negar que, a partir das obras que substituíram as tubulações de ferro por tubulações de PVC da rede de água encanada do SAAE, o calçamento da cidade ficou muito desnivelado e perdeu muito sua beleza. Neste caso, necessário se faz restaurar o calçamento por meio de profissionais competentes e preparados para este tipo de serviço.
A histórica cidade de Pão de Açúcar precisa ser preservada com suas características de cidade antiga e interiorana. Forrar com betume mineral os paralelepípedos do calçamento histórico da cidade de Pão de Açúcar significa uma grosseira agressão cultural e ambiental.
Agressão cultural porque o calçamento possui mais de meio século de existência e faz parte da história da cidade. Já a agressão ambiental está relacionada à capacidade calorífera do asfalto, devido à sua composição química, o que fará aumentar ainda mais a temperatura nesta cidade do calor apelidada de “Terra do Sol”, por ser considerada a terceira mais quente do Brasil, segundo alguns estudiosos.
Para quem não sabe, o primeiro nome da Avenida Bráulio Cavalcante foi “Rua Larga”, depois passou a ser chamada de “Rua do Meio” e, a partir do assassinato do jovem poeta e advogado pão-de-açucarense Bráulio Guatimozim Cavalcante, na Capital do estado, no dia 10 de outubro de 1912, a “Rua do Meio” recebeu o nome deste filho ilustre, passando a ser chamada oficialmente de “Avenida Bráulio Cavalcante”, só vindo a ser calçada, entre os anos de 1961 e 1963, na gestão do então prefeito Ronalço Vieira dos Anjos.
Portanto, é inacreditável que um gestor público, filho desta terra, conhecedor das leis e que tem declarado que priorizará o desenvolvimento turístico do município, venha tomar uma decisão tão séria sem antes consultar a população em audiência pública, pois seria, no mínimo, uma atitude insana, inconsequente e autoritária deixar de ouvir a sociedade.
Espera-se que este projeto não passe de mais uma história criada para sentir a reação da população, pois tem muita gente preparada para acionar a Justiça com o bjetivo de impedir a obra. Os amantes da plaga de Jaciobá e da preservação cultural estão de olho!
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