MPE apura novas denúncias contra tenente da PM suspeito de espancamento
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um jovem sendo agredido em plena via pública, próximo ao terminal rodoviário da cidade.
Fonte: TNH1
MPE apura novas denúncias contra tenente da PM suspeito de espancamento Foto: Reprodução/TNH1/Redes sociais
O caso de espancamento denunciado pelo funcionário da prefeitura de Atalaia contra o tenente da Polícia Militar Charlandison Rodrigues causou grande repercussão. Depois que o Ministério Público Estadual (MPE) a Comissão Estadual de Defesa dos Direitos Humanos informaram que irão acompanhar o caso, novas supostas vítimas começaram a surgir.
Moradores de Atalaia, que preferiram não se identificar, entraram em contato com a redação da TV Pajuçara para denunciar que foram vítimas de ações truculentas por parte do mesmo militar. Uma delas conta que teve o braço deslocado durante uma abordagem e até hoje sofre com as sequelas da agressão. “Ele faz isso com quase todo mundo que ele aborda. Vai fazer quase um ano que eu tenho uma sequela no braço por causa dele”, relata.
Um vídeo que circula nas redes sociais mostra um jovem sendo agredido em plena via pública, próximo ao terminal rodoviário da cidade. O pai da vítima confirma a agressão sofrida, mas decidiu não conceder entrevista por medo de represálias.
Em entrevista ao Programa Fique Alerta da TV Pajuçara, o promotor de justiça de Atalaia Ary Lages, disse que está ciente das denúncias contra o militar, mas precisa que as vítimas procurem o Ministério Público Estadual para formalizar as denúncias. "Estamos aguardando a formalização da denúncia na sede do MP para adotarmos as medidas cabíveis".
O promotor confirma que também já está investigando o caso de agressão contra o jovem que aparece sendo agredido no vídeo: “O MP já tem procedimento interno em tramitação por uma outra ocorrência, seria mais um caso. Esperamos que com esse caso, que o funcionário público adotou a providência, que possíveis outras vítimas criem coragem, procurem o MP, que jamais irá compactuar com esse tipo de conduta", reforça.
O TNH1 apurou que nenhum inquérito foi aberto contra o militar na delegacia do município. Para o promotor, não é difícil entender a razão. "É essencial que a vítima procure as instituições. O órgão adequado é o MP, que detemos outra condição em relação à PC, pelo fato de que em Atalaia é um CISP. Então, se uma pessoa vai fazer uma denúncia, ela está no mesmo âmbito físico do possível agressor. Peço que se tiver mais vítimas em Atalaia com relação a esse agente da PM ou qualquer outro, pode procurar o MP, estamos de braços abertos para apurar os devidos crimes que venham a ter ocorrido por parte do PM".
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