Manifestantes protestam em praça de bairro próximo ao Maracanã
Cerimônia de abertura da Rio 2016 começa oficialmente às 20h, no estádio. Os bloqueios das ruas no entorno do estádio começaram à 0h.
Fonte: G1
Mascarados participam de protesto contra a olimpíada na Praça Saens Peña Foto: G1
Manifestantes protestavam contra a realização da Olimpíada na tarde desta sexta-feira (5), na Praça Sans Peña, na Tijuca, na Zona Norte do Rio, que fica próximo ao Estádio Jornalista Mário Filho, o Maracanã, onde ocorrerá a cerimônia de abertura dos jogos às 20h.
Um oficial da PM informou que ao menos uma pessoa foi detida durante a manifestação. Por volta das 18h, manifestantes mascarados roubaram uma bandeira do Brasil de mastro que fica na Praça Afonso Pena e atearam fogo nela. Então, a Tropa de Choque avançou com bombas de efeito moral e spray de pimenta. Uma mulher chegou a desmaiar após ter inalado gás e foi socorrida.
Em torno de 16h, os ativistas, que fazem parte de coletivos populares, caminhavam em direção à Praça Afonso Pena. A PM informou que "não divulga estimativa de público em eventos".
O grupo começou a se concentrar por volta das 14h30. No horário, o número de manifestantes era pequeno e havia muitos policiais e jornalistas brasileiros e estrangeiros. Posteriormente, o número de manifestantes aumentou.
A manifestação percorria a Rua Conde de Bonfim quando, próximo ao cruzamento com a Rua Carmela Dutra houve um princípio de tumulto quando manifestantes mascarados invadiram uma padaria, sendo perseguidos por policiais militares.
Ao menos um manifestante ficou ferido, recebendo os primeiros-corros de voluntários da Cruz Vermelha que acompanhavam o ato. Outro participante do ato foi detido.
Por causa da manifestação na Tijuca, a Rua Conde de Bonfim foi interditada ao tráfego de veículos desde a altura da Rua Pareto. De acordo com o Centro de Operações, houve impacto no trânsito em várias vias da região.
Os bloqueios das ruas no entorno do estádio começaram à 0h. O perímetro de interdição foi ampliado a pedido das forças de segurança, pois a organização terá o maior desafio de segurança e mobilidade da Olimpíada: transportar chefes de Estado do antigo Palácio do Itamaraty, no Centro do Rio, para o Maracanã, em um trajeto de quase cinco quilômetros.
O estádio receberá 80 mil pessoas - entre elas mais de 11 mil atletas e 45 chefes de Estado -, mas os reflexos devem ser sentidos desde cedo na cidade, principalmente no trânsito.
Familiares de PMs mortos fizeram ato no Maracanã
Mais cedo, um protesto de parentes de policiais mortos realizaram um protesto e caminharam em direção ao estádio.
No meio do percurso, o grupo chegou a ser impedido de passar pela via principal por causa das interdições para a cerimônia de aberta da Olimpíada no estádio do Maracanã.
No ato, viúvas fizeram oração e soltaram balões brancos manchados de tinta vermelha, simbolizando o sanguedas vítimas. Os balões carregava fotos dos PMs mortos. Quando chegaram no Maracanã, por volta das 11h, elas entregam flores e abraçam os PMs que estavam no entorno do Maracanã para a festa de abertura da Olimpíada.
"Meu marido era um homem de bem, trabalhava muito pra dar p mínimo de dignidade pra família dele. A filha dele tem 7 anos e ninguém nunca procurou. E agora? O que que eu faço? Ele morreu trabalhando dentro da favela do Jacarezinho", disse Josiane Modesto, viúva há oito meses de um PM da UPP do Jacarezinho.
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