Luto em Pão de Açúcar: Morre Dona Cosete, considerada a 'mãe de multidão', aos 86 anos

Na noite desse domingo (22), na cidade de Pão de Açúcar, morreu a senhora Cosete Lima Santos, conhecida como "Dona Cosete" e "Mãe Cosete", aos 86 anos. Segundo informações da família, ela faleceu em casa, onde fez uma passagem tranquila e com semblante de paz.

Era servidora da antiga Fundação SESP, que a partir de 1990,  passou a integrar um novo órgão denominado Fundação Nacional de Saúde (Funasa). Durante muitos anos, ela trabalhou na Unidade Mista Doutor Djalma Gonçalves dos Anjos (Hospital de Pão de Açúcar), onde realizou um grande número de partos, ajudando, assim, centenas e centenas de crianças a nascerem e, por isso, ficou conhecida como "Mãe Cosete", estando este apelido relacionado ao trabalho profissional desta extraordinária obstetriz , que na linguagem popular significa “parteira”.

Há quase duas décadas, dona Cosete sofreu um acidente vascular encefálico (AVE), conhecido, também, como AVC, enfermidade que comprometeu sua mobilidade. E, apesar de ter recebido a atenção e os cuidados da família, em casa, a enfermidade foi agravando-se, devido à sua idade avançada, e veio a falecer nesse domingo.

O velório está acontecendo na casa onde ela morava, na Avenida Bráulio Cavalcante, centro da cidade. O sepultamento será realizado nesta segunda-feira (23), às 16 horas, no Cemitério São Francisco de Assis.

Vale a pena lembrar que a falecida foi casada com o, também, servidor da FSESP, Napoleão Brandão, conhecido como "Vavá de Cosete". São seus filhos: Goretti, Puskas, Thâmara, Cerícia, Distéfano, Paulo Henrique, Helvio e "Cesinha".

Como a conheci de perto, posso defini-la como uma mulher prendada e religiosa (católica apostólica romana), resultado da excelente educação que recebeu de sua saudosa mãe e musicista, "Dona Tina", e de seu saudoso pai, o Capitão José Serafim dos Santos.

Posso afirmar que, por quase uma década, moramos muito próximos, na Avenida Bráulio Cavalcante (residências de frente uma para a outra). Sempre estávamos a conversar e não foram poucas as vezes. Certa vez a presenteei com um CD contendo músicas do famoso cantor Vicente Celestino, que ela gostava muito de ouvir, para lembrar do eterno e saudoso amor de sua vida: “Vavá”, que cantava com a mesma perfeição de Vicente Celestino. Nessa época, Dona Cosete e Doutor Jasson foram as duas pessoas que deram, à Tânia Fialho, a triste notícia da morte de sua mãe (Dona Aparecida). Tal incumbência foi dada por mim, já que a minha sogra (na época) teve uma morte surpreendente, devido à sua pouca idade. Esses acontecimentos sempre serão lembrados.

Com certeza, por suas tantas benevolências praticadas, Mãe Cosete já foi recebida na Mansão de Luz, pois, “combateu o bom combate, terminou a corrida e guardou a fé”.

Aos familiares enlutados, reitero minhas sinceras condolências, ao tempo em que rogo ao Divino Espírito Santo para levar consolo, neste momento de dor e sofrimento.

Através das redes sociais e de um carro de som,  a família enlutada está CONVIDANDO parentes e amigos para o cortejo fúnebre, ao tempo em que agradece aos que comparecerem a este ato de fé e solidariedade cristã.