Justiça determina nova interdição do matadouro de Palmeira dos Índios, AL
Estabelecimento foi interditado em fevereiro de 2016, mas reabriu. Nova decisão diz que local não fez as adequações necessárias.
Fonte: G1 AL
Justiça decidiu por nova interdição do matadouro de Palmeira dos Índios Foto: Reprodução/TV Gazeta
O Tribunal de Justiça de Alagoas decidiu interditar novamente o matadouro público de Palmeira dos Índios, no Agreste de Alagoas. A interdição havia sido suspensa no ano passado, após conciliação entre a Defensoria Pública e o Município, mas foi retomada porque o local não se adequou as normas de estrutura e higiene.
O desembargador Celyrio Adamastor Tenório Accioly tornou nulo o pedido de suspensão da decisão que ordenou o fechamento do local em 2014. O pedido, feito pelo Município de Palmeira dos Índios, alegava que as adequações solicitadas pela Defensoria Pública foram realizadas.
No entanto, a Defensoria Pública demonstrou, através de laudos e imagens, que as adequações sanitárias pleiteadas não foram feitas.
A assessoria da Prefeitura de Palmeira dos Índios informou que a administração municipal está trabalhando nas adequações solicitaras pela Defensoria Pública.
O desembargador aponta que, mesmo passado mais de dois anos da interdição do matadouro, os órgãos técnicos, Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas (Adeal) e Instituto de Meio Ambiente, em estudo recente, concluíram que o local ainda se encontra com irregularidades suficientes para fundamentar sua interdição.
Interdição
Em setembro de 2014, o defensor público Fábio Ricardo de Albuquerque ingressou com uma ação civil pública pedindo a interdição do Matadouro Municipal de Palmeira dos Índios. O pedido ocorreu em razão da falta de estrutura e de condições higiênicas, identificadas pelo defensor durante inspeção realizada no local.
O local voltou a funcionar em abril, quando a presidência do Tribunal de Justiça suspendeu a interdição, com a condição de que o matadouro cumprisse as exigências feitas pela Defensoria Pública. Uma das exigências, a drenagem da água utilizada no matadouro, que estava sendo descartada de forma irregular em uma lagoa, não foi cumprida.
Nas audiências de concliação, o Município se comprometeu a promover as mudanças necessárias, no entanto, em uma nova vistoria, a Defensoria averiguou que adequações não foram realizadas, fato comprovado com imagens do local.
A Defensoria informou que participou de nova audiência de conciliação, no final do ano passado, na qual ficou acordado que a ADEAL e o IMA realizariam novo estudo técnico. Os laudos comprovaram que o local ainda não estava adequado para funcionamento.
A última audiência sobre o caso foi realizada pela presidência do Tribunal de Justiça, em fevereiro deste ano, quando a Defensoria Pública, por meio do defensor Daniel Alcoforado, solicitou nova interdição do matadouro, amparado em laudos técnicos da ADEAL e IMA, mas o Município pediu prazo de mais seis meses para solucionar as demandas. O pedido não foi aceito.
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