MUNICÍPIOS

Júri popular absolve ex-prefeita de Estrela de Alagoas, Ângela Garrote

Julgamento aconteceu nesta terça-feira (16). Ela foi acusada de ordenar um assassinato quando era primeira-dama da cidade.


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  Fonte: G1 AL

Ex-prefeita Ângela Garrote de frente com o juiz John Silas

Ex-prefeita Ângela Garrote de frente com o juiz John Silas   Foto: Michelle Farias/G1

Postado em: 16/05/2017 às 20:37:19

A Justiça absolveu na tarde desta terça-feira (16) Ângela Garrote (PP), ex-prefeita de Estrela de Alagoas, acusada de ser a mandante do assassinato de José Roberto Rezende Duarte, em março de 1999. O Ministério Público do Estado (MP) ainda pode recorrer.

O julgamento de Ângela começou na manhã de terça sem depoimento de testemunhas. Houve apenas depoimento da ré e debate entre promotoria e defesa. Apenas três testemunhas foram convocadas para o júri, todas pela acusação. Porém, duas delas não compareceram e uma foi dispensada pela promotoria.

De acordo com o Tribunal de Justiça de Alagoas (TJ), o Conselho de Sentença acolheu a tese da defesa de negativa de autoria no homicídio.

Durante o julgamento, Ângela Garrote disse que o ex-deputado federal Helenildo Ribeiro, que já feleceu, a acusou do crime por motivos políticos. Segundo a ex-prefeita, isso aconteceu porque ela recusou apoiá-lo em uma eleição.

"Eu tenho certeza que essa acusação tem motivação política. É uma pena que quem fez isso comigo, que foi o deputado Helenildo Ribeiro, não está aqui para responder", disse Ângela.

Em depoimento ao juiz, a ré afirmou que frequentava a casa de José Roberto e conhecia a família dele. Quando questionada sobre a autoria do crime, ela disse não saber quem o matou e que teve o nome ligado ao caso justamente pela motivação política.

Após o pronunciamento da defesa e acusação, os jurados se reuniram para dar a sentença.

De acordo com o TJ, a defesa de Ângela falou que o promotor de Palmeira dos Índios, onde o processo tramitava originalmente, chegou a pedir a impronúncia da ré (de forma que a acusada não fosse levada a júri) por falta de provas. Ainda assim, o juiz decidiu pronunciar a ex-prefeita.

 

Crime

De acordo com a denúncia do MP, o crime ocorreu no povoado Canafístula, em Palmeira dos Índios. A vítima foi morta a tiros por três homens que se passaram por policiais.

À época, Ângela Garrote era primeira-dama de Estrela de Alagoas. Ainda segundo a denúncia do MP, a motivação do assassinato teria sido a denúncia que a vítima fez nos meios de comunicação, sobre supostas irregularidades que a ré e o marido dela, prefeito à época, teriam cometido à frente da prefeitura.

O julgamento estava previsto para ser realizado em Palmeira dos Índios, mas o local foi mudado porque na cidade havia a influência da família da ré. Em 2015, o caso foi transferido para Maceió.

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