MUNICÍPIOS

Júri de acusados de matar empresário em Olho D'água das Flores seguirá até quarta (19)

Um dos réus devia cerca de R$ 10 mil à Gilmário e não queria pagar


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  Fonte: Tribuna Hoje - Por Dicom TJAL

Bruno Barbosa e José Henrique, réus da ação penal por homicídio

Bruno Barbosa e José Henrique, réus da ação penal por homicídio   Foto: Reprodução/Tribuna Hoje/Caio Loureiro/Dicom TJ-AL

Postado em: 18/07/2023 às 18:01:10

A vara única de Olho D'água das Flores iniciou, nesta terça (18), o júri dos dois acusados de matar o empresário Gilmário Alencar dos Santos. Devido à quantidade de testemunhas, e ao tempo de debate entre acusação e defesa permitido para casos com dois réus, o júri popular só deve ser concluído na quarta-feira (19), como explica o juiz Antônio Iris da Costa Júnior.

"A gente vai escutar cinco testemunhas da acusação, cinco testemunhas da defesa, e posteriormente os dois acusados. Como há mais de um réu, serão duas horas e meia para o Ministério Público e os assistentes de acusação, e mais duas horas e meia para as defesas. Posteriormente, serão mais uma hora e meia de réplica para cada parte", detalhou o magistrado, que preside o júri no Fórum da Comarca.

Estão sendo julgados os réus José Henrique Queiroz Barbosa Rocha e Bruno Barbosa Vilar. Outro apontado como participante do crime, José Caetano da Silva Neto morreu em confronto com a Polícia, quando os policiais tentavam cumprir um mandado de prisão.

Gilmário Alencar foi morte em 24 de fevereiro de 2021 I Arquivo Pessoal

O advogado Raimundo Palmeira é parte da equipe que faz a assistência da acusação. "Hoje nós queremos trazer Justiça a todo o sertão enlutado", afirmou Palmeira. "O que a gente espera da sociedade nada mais nada menos do que Justiça. A condenação em todos os crimes imputados aos réus", declarou ainda. O promotor João de Sá Bonfim Filho representa o Ministério Público no processo.

O advogado Herófilo Ferro, que representa o réu José Henrique, ressaltou que o direito dos acusados a uma defesa qualificada é imprescindível no regime democrático.

"É necessário para a o resguardo do estado democrático que haja uma uma defesa forte. A gente respeita o sentimento das duas famílias. Tanto perdeu a família do Gil, como perdeu a família do Henrique. Um perdeu a vida e o outro perdeu a liberdade. Ele já vem há mais de dois anos e meio na cadeia, pagando supostamente pelo que fez. E aqui vamos esclarecer para que ele pague na medida da sua culpabilidade", frisou Herófilo.

A Diretoria de Comunicação do Tribunal de Justiça de Alagoas esteve no Fórum de Olho d'Água das Flores assessorando o magistrado e organizando o acesso de profissionais da imprensa ao julgamento popular.

O caso

Os réus são acusados de assassinar o empresário Gilmário Alencar em 24 de fevereiro de 2021. A acusação sustenta que José Henrique decidiu matar Gilmário por não querer pagar cerca de R$ 10 mil que devia à vítima.

Após o homicídio, diz a denúncia, os réus tentaram extorquir dinheiro da família do empresário sob o pretexto de resgate, mesmo sabendo que naquela altura, ele já estava sem vida.

Consta no processo que a vítima foi asfixiada até perder os sinais vitais no escritório do lava-jato de José Henrique. Os réus teriam levado Gilmário para um terreno pertencente à família de José Henrique, na zona rural de Olho D'água das Flores e, ao perceberem um movimento da vítima assemelhado a uma tentativa de respiração, os autores teriam voltado a asfixiar a vítima. Por fim, teriam colocado o corpo em um tanque, jogado gasolina e ateado fogo.

Matéria referente ao processo nº 0000048-47.2023.8.02.0025

 

 

 

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