MUNICÍPIOS

Infestação de potó causa transtornos aos moradores de Pão de Açúcar em Alagoas

Para alguns biólogos, a infestação de insetos está ligada ao desequilíbrio ambiental, ou seja, a falta de predadores causa a invasão de potós, grilos, besouros e outras espécies.


icon fonte image

  Fonte: Por Helio Fialho

Potó

Potó   Foto: Helio Fialho

Postado em: 14/09/2021 às 09:30:28

Um pequeno inseto, conhecido como potó, está causando problemas aos moradores de Pão de Açúcar, cidade banhada pelo rio São Francisco e fincada no semiárido alagoano. Em Pão de Açúcar, a infestação teve início neste mês de setembro, período em que reaparece o calor em Pão de Açúcar. Geralmente o aparecimento em grande quantidade surge durante a noite, quando as luminárias permanecem acesas. Os insetos invadem as dependências das casas e geralmente são vistos sobre móveis, paredes, piso, teto e até mesmo em cima de camas, provocando medo às pessoas, devido aos danos que causam.

O potó parece uma formiga, mas é um inseto da família dos besouros e causa estragos não proporcionais ao seu tamanho. Muito comum em várias regiões do Brasil, a população deste tipo de insetos aumenta depois do período de chuvas e chegam às cidades atraídos pela luz emitidas pelas lâmpadas, tanto incandescentes como fluorescentes, embora não sejam espécie noturnas, a maioria dos acidentes ocorre à noite, quando as vítimas estão dormindo, e ferimentos no pescoço e no rosto são bastante comuns. 

Apesar da crença popular, não é a urina dele que causa a queimadura. Os bichinhos liberam uma substancia tóxica que, ao entrar em contato com a pele humana, pode causar queimaduras de até 2º grau. Os potós não possuem um órgão excretor das substâncias irritantes, elas causam a reação apenas quando o inseto é amassado junto à pele, via de regra acidentalmente.

As lesões de pele podem ser tratadas com banhos antissépticos com permanganato e antimicrobianos. Antibióticos sistêmicos podem ser usados para controle da infecção secundária, ou seja, aquelas causadas por outros microrganismos que chegam ao local ferido.

 

Foto: Helio Fialho


Cuidados

"O potó gosta de ambientes quentes e úmidos, então ele irá preferir regiões do corpo de grandes dobras”, alertam os dermatologistas. As axilas, pescoço, virilhas, dobras dos braços e pernas são as partes do corpo atingidas em maior número pelo pequeno inseto.

As queimaduras geralmente ocorrem à noite, principalmente nas partes que ficam descobertas durante o sono. “Isso ocorre porque o inseto se instala próximo as luzes brancas das residências e quando o indivíduo as apaga para dormir, ele desce a procura de locais quentes, e nesses ambientes quentes estão as dobras do ser humano”, explicam alguns os dermatologistas.

Sob o corpo, o potó começa a se locomover sob a pele e por reflexo, a reação das pessoas é esmagar o pequeno. É nesse momento que o potó libera a substância acida que recebe o nome de hemolinfa. Após o paciente sofrer queimadura pelo besouro, é necessário lavar apenas com água e sabão e procurar o pronto-atendimento ou PSF mais próximo, onde o médico irá avaliar a necessidade de algum cuidado hospitalar ou ambulatorial. O local nunca deve ser enfaixado, espremido, nem passar borra de café ou qualquer outro produto.

Não é aconselhável matar o inseto direto no corpo porque o atrito da mão pode espalhar ainda mais a toxina e deixar o estrago ainda maior, portanto ele deve ser morto no chão com sola de um sapato ou chinelo.

 

Foto: Helio Fialho

Foto: Helio Fialho


Desequilíbrio ambiental

Como não bastasse a infestação de potós, em Pão de Açúcar, os moradores estão reclamando sobre a infestação de grilos, também. Para alguns biólogos, a infestação de insetos está ligada ao desequilíbrio ambiental, ou seja, a falta de predadores causa a invasão de potós, grilos, besouros e outras espécies. No caso dos potós, os predadores são os anfíbios, isto é, animais que, vulgarmente são chamamos de sapos, rãs, pererecas, carrascos, salamandras, tritões e cobras-cegas ou cecílias. O desaparecimento das infestações acontece naturalmente com o decorrer dos dias.

(O conteúdo técnico desta matéria tem como fonte de pesquisa o Google)

Comentários

Escreva seu comentário
Nome E-mail Mensagem

  • Luciana Caldeira 16 de Fevereiro de 2023 Sempre desde pequena,eu achava que esse inseto tinha algum parentesco com escorpiões.