Inácio Loiola critica perda de espaço de músicas características das festas juninas
'Nosso forró está perdendo espaço para o brega, para o sertanejo, para canções de duplo sentido'
Fonte: Quarto Poder
Deputado Inácio Loiola Foto: Reprodução/Quarto Poder
O deputado Inácio Loiola (MDB) enalteceu a importância dos festejos juninos no Nordeste. Em pronunciamento nesta quarta-feira, 14, o parlamentar fez um paralelo com o carnaval. “Se o carnaval é a maior festa popular no Brasil, os festejos juninos, com a celebração das datas de São Pedro, São João e Santo Antônio, acabam sendo ainda mais importantes para o nordestino”, disse ele. Com tamanho impacto cultural, Loiola criticou o que ele entendeu como a perda de identidade de uma das marcas característica desse período: as músicas. “Nosso forró está perdendo espaço para o brega, para o sertanejo, para canções de duplo sentido”, criticou o parlamentar, enaltecendo os “verdadeiros forrozeiros”.
“Temos verdadeiros representantes nordestinos, como Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Marinês, Clemilda, Abdias dos Oito Baixos e o Trio Nordestino”, citou Inácio Loiola, afirmando que “no momento em que perdemos nossas raízes ou nossa cultura, ficamos descaracterizados”.
Em aparte, a deputada Rose Davino (PP) parabenizou o posicionamento do colega. “Não sou alagoana, mas moro aqui há mais de 40 anos e sei da importância da defesa das tradições da música nordestina”, disse ela. Inácio Loiola agradeceu as palavras da parlamentar, garantindo que sua atitude é de uma verdadeira alagoana, e encerrou o assunto tocando “Auê”, de Zinho e Banda Girassol.
Velho Chico
Por causa de compromissos fora de Maceió no dia 5 de junho, Inácio Loiola lamentou não poder ter se pronunciado no Dia Mundial do Meio Ambiente, aproveitando a oportunidade para reforçar seu discurso de preocupação para com o rio São Francisco.
“O rio São Francisco está em processo de degradação, sem vazão ecológica, que é a demanda necessária de água a se manter num rio, de forma a assegurar a manutenção e conservação dos ecossistemas aquáticos naturais”, explicou. O Ibama estabeleceu que a vazão mínima seria de 1320 m³. “Hoje estamos com menos de 1200 m³. Na minha opinião, a vazão mínima deveria ser de 1500 m³”, alertou Loiola, reforçando que o São Francisco representa 70% do potencial hídrico do Nordeste.
Chamando de criminoso o processo de transposição, o deputado garante que o rio São Francisco é hoje o maior problema do Brasil. “Paciente na UTI não é doador de sangue. Precisamos, de imediato, conscientizar o presidente da República e todo o Congresso para iniciar um projeto de revitalização”, solicitou o parlamentar.
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