Homem vestido de bombeiro é preso em Maceió suspeito de estelionato
Polícia diz que Alexandro Brites ofertava falso curso para carreira militar. Suspeito afirma está em liberdade condicional, mas nega crime em Alagoas.
Fonte: G1 Alagoas
Investigação informa que suspeito usava roupa de militar para oferecer falso curso de capacitação pa Foto: Derek Gustavo/G1
Um homem foi preso em flagrante nesta sexta-feira (9), em Maceió, suspeito de estelionato. Segundo a polícia, para ganhar a confiança das vítimas, a maioria jovens, Alexandro Brites se passava por comandante do Corpo de Bombeiros e oferecia falsas facilidades para ingressar na carreira militar. Para isso, ele pedia o documento das vítimas.
A polícia informou que Brites é suspeito de aplicar o mesmo golpe nos estados do Piauí, Mato Grosso do Sul, Ceará e Pernambuco, onde ele já havia sido preso e fugiu duas vezes, segundo o delegado de Roubo a Bancos, Vinícius Ferrari.
Em 2014, ele já havia sido preso no Piauí ao se passar por um falso policial em Jaicós, a 366 km ao Sul de Teresina. Lá, ele se apresentou na 3ª Companhia de Polícia Militar, como aspirante da corporação.
De acordo com o delegado, ao ser preso em Maceió, o suspeito estava fardado e iria encontrar com uma possível vítima no Hospital Universitário Prof. Alberto Antunes (HUPAA).
À imprensa, o suspeito negou que estivesse aplicando um golpe nas vítimas.
"Meu uniforme é de bombeiro militar voluntário. Eu não apliquei golpe e nem estou foragido, mas sim em condicional por estelionato. Se é golpe, é a Justiça que vai dizer. E eu estava aqui para abrir uma empresa especializada em ensino", afirma.
Ele também afirmou ser o gestor de uma organização chamada Instituto Pré-Militar Internacional de Ensino Superior. Com o suspeito foram apreendidos diversos documentos, como fichas de inscrição, recibos e notas provisórias.
As investigações apontam ainda que ele agia há cerca de dois meses nos bairros da Cidade Universitária e Cruz das Almas, na capital de Alagoas, e enganou cerca de 20 pessoas.
"Fui procurado por essas pessoas. Elas não deram dinheiro ao suspeito, apenas os documentos, e encontraram notícias envolvendo o nome dele em um esquema parecido em outros estados", afirma o delegado explicando que a polícia agiu antes das vítimas efetuarem o pagamento.
Ferrari explica ainda que as pessoas acreditavam que, aceitando a oferta, teriam participação nos lucros de uma instituição de ensino profissionalizante que seria criada pelo suspeito para capacitá-las a ingressar na carreira militar.
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