Flavinha e Rebeca puxam o Brasil, que garante vaga na final da Rio 2016
Jovens brasileiras têm atuação segura e também conseguem finais individuais
Fonte: Globo Esporte
Equipe do Brasil encantou a Arena Olímpica Foto: Getty Images
Como não se encantar com Flávia Saraiva? Uma baixinha de 1,33m que salta com firmeza em uma trave de 10 cm de largura. Como não se impressionar com Rebeca Andrade? Uma jovem completa, que voa no salto, no solo, nas barras, na trave... Como não aplaudir Jade Barbosa, Daniele Hypolito e Lorrane Oliveira? Três guerreiras que colocam para trás lesões ou as barreiras impostas pelo tempo. A Arena Olímpica do Rio de Janeiro viu as cinco formarem a melhor equipe olímpica do Brasil neste domingo. Um grupo de meninas que cativou torcida e árbitros com apresentações seguras. Com 174,054 pontos, o time anfitrião garantiu um lugar entre as oito equipes na final da Olimpíada. Após quatro das cinco subdivisões, ocupa o quinto posto.
O show teve duas grandes estrelas nesta tarde. Rebeca Andrade mostrou que é completa, cravou tudo, somou 58,732 pontos e, àquela altura, assumiu a liderança da disputa do individual geral, à frente de russas e chinesas. Faltavam os EUA, porém. Mais tarde, Simone Biles, Alexandra Raisman e Gabby Doulgas tomaram a dianteira.
- Fiquei muito feliz. Meus treinadores sempre acreditaram que um dia, em uma Olimpíada, eu pegasse final do individual geral. Claro que eu acreditava, mas não tanto quanto eles. Agora sei que posso, é querer mais e mais - disse Rebeca.
TRAVE
Equilíbrio é o que é preciso na trave, e isso a Flavinha tem de sobra. A baixinha não tremeu por ser sua estreia olímpica aos 16 anos, por começar já em seu aparelho mais forte, aquele em que era apontada como candidata ao pódio. A Pequena Notável encantou com uma série incrível, praticamente perfeita. A nota de 15,133 coroou a apresentação e colocou a ginasta na liderança do aparelho. Foi o ápice de uma grande passagem do Brasil pela trave
E Rebeca deve ter a companhia de Flávia Saraiva na decisão do individual geral. Com 56,532 pontos, a Pequena Notável se colocou na sétima posição àquela altura. Agora está na 12ª colocação do páreo e dificilmente fica fora do top 24. A grande aposta da baixinha, porém, é a trave. Ela encantou no aparelho, com uma série precisa e ousada. Os 15,133 a levaram para a primeira colocação naquele momento, à frente de chinesas e da romena Catalina Ponor, campeã olímpica do aparelho em 2004. Depois, também perdeu o posto para as americanas. Simone Biles, com 15,633, e Lauren Hernandez, com 15,366, assumiram os primeiros lugares e empurraram Flavinha para a terceira posição.
- Foi uma emoção muito grande, porque foi mina primeira Olimpíada e no meu país. Eu não fiquei muito nervosa, porque estava muito bem treinada. Estava concentrada. Deu tudo certo. Eu não quero colocar muita expectativa na trave. Estou tentando fazer o meu melhor. Se eu conseguir uma medalha vai ser uma alegria muito grande - disse Flavinha.
Grandes favoritas no Rio, as americanas certamente tirariam as duas brasileiras do posto de líderes no individual geral e na trave. Mas nada que diminua o feito das duas estreantes olímpicas. Por pelo menos algumas horas, Rebeca foi a ginasta mais completa do mundo, e Flávia, a número 1 na trave.
TRAVE
Equilíbrio é o que é preciso na trave, e isso a Flavinha tem de sobra. A baixinha não tremeu por ser sua estreia olímpica aos 16 anos, por começar já em seu aparelho mais forte, aquele em que era apontada como candidata ao pódio. A Pequena Notável encantou com uma série incrível, praticamente perfeita. A nota de 15,133 coroou a apresentação e colocou a ginasta na liderança do aparelho. Foi o ápice de uma grande passagem do Brasil pela trave.
Antes de Flavinha, Daniele já havia conseguido 14,266 e Rebeca, 14,200. Jade teve um desequilíbrio, mas os 13,600 foram descartados na nota da equipe. Com 43,559, o Brasil se colocou como o melhor grupo na trave, à frente até de China e Rússia.
SOLO
SALTO
Era a hora de voar no salto, o aparelho mais forte do Brasil. Uma a uma, Lorrane (14,833 pontos), Flavinha (14,633) e Jade (14,900) abriram o caminho para Rebeca Andrade. Essa, sim, não tem medo de voar. Pela primeira vez depois da lesão grave no joelho do ano passado, a ginasta apresentou um Amanar em competição, um dos saltos mais difíceis do código de pontuação. O resultado do voo com aterrissagem quase perfeita foi a maior nota do Brasil no dia: 15,566.
Ela só não vai disputar a final do aparelho por não ter tentado um segundo voo, necessário para quem quer brigar por medalha no salto. Preferiu focar na disputa do individual geral. Com 45,299, mais uma vez o Brasil foi o melhor em um aparelho.
BARRAS
Só faltava o histórico calcanhar de Aquiles, as barras assimétricas. Lorrane tratou logo de tirar a pressão com uma série segura e a nota 14,158. Jade vibrou muito e pôde abrir o sorriso após cravar a saída: 14,266. Rebeca também cravou e festejou os 14,933 que a colocou na liderança do individual geral. Flavinha falhou, caiu, mas a nota 12,733 foi descartada. Com 43,357 pontos no aparelho, o Brasil já havia encaminhado a vaga na final por equipes.
Comentários
Escreva seu comentário