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Filho de chefe da LaMia é preso na Bolívia

Gustavo Vargas Villegas trabalhou na Direção Geral de Aeronáutica Civil do país e é investigado por três crimes


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  Fonte: Veja

O diretor-geral da LaMia, Gustavo Vargas Gamboa (centro), pai de Gustavo Villegas, preso nesta sexta

O diretor-geral da LaMia, Gustavo Vargas Gamboa (centro), pai de Gustavo Villegas, preso nesta sexta   Foto: @LamiaCharter/Twitter

Postado em: 08/12/2016 às 23:07:40

Foi preso em La Paz nesta quinta-feira Gustavo Vargas Villegas, ex-chefe de registros de licenças da Direção Geral de Aeronáutica Civil (DGAC) da Bolívia e filho de Gustavo Vargas Gamboa, diretor-geral da LaMia, a empresa área envolvida no acidente que matou 71 pessoas, incluindo quase toda a delegação da Chapecoense, em Medellín, em 29 de novembro.

Segundo informações do diário boliviano Los Tiempos, o Ministério Público do país investiga as ligações entre Villegas e seu pai, que é um dos sócios da LaMia – os outro eram o piloto Miguel Quiroga, que morreu no acidente, e Marco Rocha Venegas, que está foragido – e também está preso, em Santa Cruz de La Sierra, desde a última terça-feira.

Segundo informações do promotor Ramiro Guerrero, Gustavo Villegas é investigado pelo uso indevido de bens estatais, negociações incompatíveis no exercício de funções públicas e não cumprimento de deveres. Há comissões trabalhando no caso em La Paz, Santa Cruz de la Sierra e também no Brasil e na Colômbia.

O chefe da LaMia, Gustavo Gamboa, prestou depoimento nesta quinta-feira. Um dos promotores do caso, Ivan Quintanilla, disse que o executivo foi acusado por “homicídio culposo, lesões graves e gravíssimas, além de desastre em via aérea”, depois da tragédia envolvendo a Chapecoense.

O Ministério Público da Bolívia também confiscou dois aviões da LaMia que estavam desde 2014 em um hangar militar no centro do país.

A Justiça boliviana ainda solicitou a detenção de Celia Castedo, funcionária de serviços aeroportuários que deveria ter aprovado o plano de voo. Na semana passada, Celia viajou ao Brasil e pediu ajuda ao Ministério Público Federal(MPF), em Corumbá (MS). Ela pode ser condenada a até quatro anos de prisão em seu país.

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