Dois anos de morte do empresário arapiraquense Marcelo Leite: dor, saudade e incertezas
Na noite de 14 de novembro de 2022, Marcelo foi atingido por um tiro de fuzil e morreu semanas depois, em um hospital de São Paulo, aos 31 anos.
Fonte: Artigo de Helio Fialho
O jovem empresário Marcelo Leite morreu aos 31 anos Foto: Reprodução/Redes Sociais.
A R T I G O
Hoje está completa dois anos de abordagem desastrosa de policiais militares, que tiraram a vida do jovem empresário Marcelo Leite, na cidade de Arapiraca. Na noite de 14 de novembro de 2022, o jovem Marcelo foi atingido por um tiro de fuzil e morreu semanas depois, em um hospital de São Paulo, aos 31 anos, no dia 05 de dezembro de 2022.
A maior covardia dos três policiais que o abordaram foi o fato de fazerem falsas acusações, além de plantarem uma arma no carro da vítima, para simular legítima defesa.
No Brasil, esta prática policial fake não é rara, porém, a verdade sempre prevalece porque, mais cedo ou mais tarde, as camuflagens da mentira caem e os “mentirosos” são desmascarados. Digo isto porque já fui vítima de "fakes policiais".
Apesar de o corporativismo dominar instituições policiais e judiciárias, ainda é possível ver (coisa incomum) membros que figuram no minúsculo rol das exceções, por não compactuarem com abuso de autoridade, mau comportamento e mau-caratismo.
Principalmente no nosso país, onde a corrupção está enraizada, a conivência da Polícia e a morosidade da Justiça são gritantes – e isso só faz acentuar o sofrimento das famílias que aguardam respostas do Judiciário e da sociedade.
Sobre o caso Marcelo Leite, no dia 06 de setembro deste ano, surgiu uma luz bruxuleante no fim do túnel: os três policiais que integravam a guarnição responsável pela abordagem que culminou na morte do jovem empresário arapiraquense, foram pronunciados pela Justiça e devem ir a julgamento. A decisão é do juiz Alberto Almeida, titular da 5ª vara de Arapiraca. A data para o júri não foi definida.
E enquanto o caso está rodeado de indefinições e incertezas, a dor e a saudade são certas diariamente na vida da família e dos amigos da vítima. E ainda que a Justiça e a sociedade abracem a impunidade, a Lei Divina jamais irá corromper-se perante a autoridade dos homens – porque o Julgamento de Deus é incorruptível. A Lei de Causa e Efeito é implacável!
A Lei de Causa e Efeito é um princípio universal, que significa que o acaso não existe. Um dos princípios da lógica é a causalidade, daí a afirmação de que todo efeito tem uma causa. Essa causa pode ser boa ou ruim, promovendo respectivamente resultados positivos ou negativos. E por esta lei ser inviolável, não resta dúvida: mesmo que as autoridades humanas promovam a impunidade, Deus cobrará um preço muito alto aos envolvidos na morte do jovem Marcelo Leite, que tão precoce deixou o convívio da família e não viu sua esposa engravidar e dar à luz a um filho, coisa que ele tanto queria.
Embora não seja fácil para a família e os amigos compreenderem, o jovem Marcelo Leite veio passar uma curta temporada neste planeta dos terráqueos e, de repente, seu ciclo de vida encerrou e ele teve que partir para a Dimensão dos Espíritos. E isso não é coisa fácil para os que ficaram a prantear sua partida definitiva e a cobrarem justiça para os que praticaram um ato tão violento e merecedor de severa punição.
Há dois anos, o processo tramita a passos de bicho-preguiça, tempo suficiente para que os três policiais criminosos nutram a esperança de impunidade, coisa usual neste Brasil de injustiças mil – porque as pessoas têm memória curta e, de forma imoral e repugnante, os tribunais estão sendo transformados em mercados de sentenças. Não estou afirmando que o caso ficará impune. Contudo, a justiça de Deus é perfeita e só chega no tempo certo. Isso é insofismável.
Para concluir, quero fazer minhas as palavras estampadas sobre uma das paredes de uma clínica médica muito iluminada por seres espirituais, em plena área central de Arapiraca. Esta máxima, de autor não identificado, eu dedico aos familiares e amigos do jovem empresário Marcelo Leite, in memoriam. “Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós, Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós”.
Foto: reprodução/Redes Sociais
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