Da favela para o mundo: Rafa Silva conquista o primeiro ouro para o Brasil
O lugar mais alto do pódio é de uma carioca, que veio da favela e hoje orgulha todos os brasileiros.
Foto: Pedro Kirilos/Agência O Globo
A judoca Rafaela Silva venceu a mongol Sumi e conquistou a primeira medalha de ouro para o Brasil nos Jogos Olímpicos no Rio de Janeiro. O lugar mais alto do pódio é de uma carioca, que veio da favela e hoje orgulha todos os brasileiros.
Rafa começou a frequentar o Instituto Reação, projeto do ex-judoca Flávio Canto, aos oito anos, em uma medida dos próprios pais que tentavam tirá-la das brigas de rua. Com 16 anos, foi campeã mundial júnior. Aos 20, disputou a primeira olimpíada em Londres, onde foi eliminada após um ataque ilegal às pernas da húngara Karakas. A brasileira foi chamada de macaca em Londres e após quatro anos Rafa desabafa: “O macaco que
tinha que estar na jaula hoje é campeão”.
No ano seguinte, foi campeã mundial de judô no Rio – a primeira vez que uma mulher brasileira conseguiu o feito. Com muito trabalho, após três anos, a menina da favela se consagra campeã olímpica dentro de casa e leva a torcida ao delírio na Arena Carioca 2, na Barra. Nas quartas de final, superou a húngara que a eliminou na edição anterior dos Jogos.
Rafa enfileirou e derrotou uma a uma, na final, encontrou a atleta da Mongólia Sumiya, atual número 1 do ranking. Com determinação, a brasileira venceu com um wazari e conquistou o primeiro ouro do Brasil. Ao fim da contagem, trocou o olhar duro e concentrado pelas lágrimas de quem sabe o que passou pra chegar aonde chegou.
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