Cidades do interior de AL começam rodízio de água devido à seca
Em Quebrangulo, moradores chegam a ficar três dias sem abastecimento. Casal está realizando o rodízio de água dos municípios.
Fonte: G1 AL, com informações da TV Gazeta
Foto: TV Gazeta de Alagoas
Começa o rodízio de água, realizado pela Companhia de Saneamento de Alagoas (Casal), em diversas cidades do interior de Alagoas, devido à seca e a falta de chuva que atinge 77 municípios do estado. Dados de um estudo feito pelo Comitê de Combate à Seca mostra que 86% da área de Alagoas está em nível de seca extrema ou excepcional. Os dados foram divulgados na última segunda-feira (12).
Em Quebrangulo, os moradores relatam que chegam a ficar três dias sem abastecimento de água, isso devido à falta de água na Barragem Caranguejinha, que abastecia 2.500 famílias do município, além de outras das cidades vizinhas.
Maria Helena da Silva, utiliza até a máquina de lavar como reservatório de água, por causa da estiagem. Ela explica que a falta d'água é constante na região. "Tem dia que tem água, em outros não tem. Passamos três ou quatro dias sem água. É difícil".
A Casal teve que realizar um serviço para a população não ficar mais prejudicada. De acordo com o gerente da Unidade Serrana da Casal, José Oliveira o envio de água para a zona rural de Palmeira dos Índios foi suspensa. "Infelizmente estamos suspendendo todo o envio de água para a zona rural de Palmeira dos Índios. Não temos mais como enviar".
O nível de água baixou 13 metros na barragem, e restam menos de 5% no local de bombeamento.
Trinta e cinco homens retiram a vegetação no local que atrapalha a chegada da água no riacho até às máquinas que realizam a captação.
Em Palmeira dos Índios, que pode ficar até cinco dias sem abastecimento de água, a captação foi reduzida pela metade.
Cerca de 14 mil famílias dependem do abastecimento e, a única saída encontrada por muito deles, também foi o rodízio na distribuição de água. “Tenho que poupar água, se gastar tudo como é que eu vou cozinhar ou lavar as roupas?” lamenta a moradora Josefa Mendes.
No Agreste de Alagoas, poços para a aguação de agricultura familiar tiram a força da nascente do riacho Manibú, na zona rural de Campo Alegre. Especialistas informaram à TV Gazeta, o manancial tem aproximadamente apenas mais dois anos de vida.
A bióloga da Casal, Ana Karolina Guimarães, informa que a companhia já tem projetos para realizara a recuperação da área. “Recuperação por meio do reflorestamento. A partir do momento que nós retiramos a mata do local, a nascente fica desprotegida”.
Enquanto o problema não é resolvido, a ordem na casa de Lindinalva Araújo é economizar e evitar o desperdício.
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