Cidadãos de Pão de Açúcar são vítimas de ataques feitos por dois “fakes” simpatizantes de um grupo político local
Postagens expressam ódio, escárnios e provocações e o caso está sendo denunciado à Justiça

Foto: Google
Desde o período da campanha eleitoral 2016, diversos agentes públicos, empresários e profissionais liberais estão sendo alvos de escárnios, calúnias e difamações postadas diariamente em páginas com perfis falsos no Facebook.
O que imaginavam ser apenas uma questão de disputa eleitoral, já que esta prática, apesar de ser criminosa, é usual durante as campanhas eleitorais, as publicações se tornaram desrespeitosas e abusivas, partindo, assim, para um campo bastante perigoso, pois estão sendo expostos, de forma negativa, nomes de pessoas públicas que se destacam no município de Pão de Açúcar.
As postagens estão sendo feitas por dois “fakes”, isto é, por duas pessoas que estão usando perfis falsos com os nomes de “Edilson Santos” e “Sennar Pedro”, para denegrir pessoas ligadas à atual gestão municipal de Pão de Açúcar. E sempre que as agressões morais são publicadas, simpatizantes utilizam as expressões “é show papai” e "15 neles", uma alusão ao prefeito eleito nas eleições do dia 2 de outubro.
O mais preocupante é que as expressões de ódio, sentimento de vingança e de revanchismo são cada vez mais constantes e contam com a participação de internautas que incentivam o asqueroso e insano festival de baixarias, objetivando atingir a moral das vítimas com postagens agressivas e mentirosas.
Para uma octogenária e aposentada servidora pública que alcançou a violência política no município de Pão de Açúcar, vivida nos anos de 1950 e 1960, alimentada pelo fuxico, calúnias e difamações, a tensão vivida hoje só é diferente no tocante à tecnologia, porém o conteúdo agressivo e difamatório é o mesmo.
“Antigamente as baixarias eram ditas nos palanques, no serviço de alto falante e nos bancos de praças, mas hoje são ditas através dos palanques e da internet”, disse a aposentada M.V.N.
E neste caso específico de Pão de Açúcar, a tensão aumenta porque se trata de agressões morais, pois nunca se sabe qual será a reação de suas vítimas, podendo, assim, este caso, ter um desfecho surpreendente, já que são muitas as pessoas vitimadas por estes indivíduos que, uma vez identificados, podem ser punidos pela Justiça por estarem praticando de crime de falsa identidade e, ainda, enquadrados em outros artigos do Código Penal do Brasil.
As atitudes insanas e covardes destes dois indivíduos, que a qualquer momento podem ser identificados, estão comprometendo o clima de paz e harmonia das famílias pão-de-açucarenses, pois as postagens estão gerando constrangimentos e ressentimentos porque cidadãos e cidadãs de bem estão se sentindo ofendidas e poderão partir para a desforra, principalmente as pessoas mais rudes.
Para as vítimas mais esclarecidas, o caso tem mesmo que ser denunciado às polícias federal e civil e, a partir deste primeiro passo, seguir os trâmites legais da Justiça, para chegar aos envolvidos, apesar de não contar com um Estado forte, punível, justo, célere e capaz de usar a jurisdição para resolver todos os conflitos como a sociedade deseja. Em um caso tão sério como este não se deve levar em consideração o “instituto do achismo”, mas as vítimas devem ter provas robustas que possam chegar aos fakes.
Um dos questionamentos que podem servir de pista para chegar aos autores desta prática criminosa, mesquinha e covarde, é o sentimento de ódio que um dos fakes nutre pelo atual gestor municipal e por um de seus irmãos, o engenheiro civil Antonio Dantas. Expressões de ódio também são direcionadas a alguns profissionais que estão ligados às assessorias de imprensa e jurídica do Executivo municipal.
Destarte, tais postagens contrariam os princípios da ética e da democracia e abrigam-se perfeitamente nos campos minados da anarquia exacerbada e do desrespeito inconsequente a cidadãos que possuem vasta folha de serviços prestados à sociedade pão-de-açucarense.
Sendo assim, necessário se faz a atuação urgente e indispensável das instituições competentes com o objetivo de erradicar o vírus da desarmonia que ameaça a paz de Pão de Açúcar – até porque, segundo a conferencista Marislei Brasileiro, “não existe crime perfeito, pois todo criminoso é imperfeito”.
Nesta quarta-feira (26) uma das vítimas procurou a Delegacia de Polícia Civil de Pão de Açúcar, para registrar um BO contra alguns internautas que chegaram a postar comentários ofensivos contra ela.
Comentários
Escreva seu comentário