Bolsonaro: ‘Ministério Público só serve para cumprir tabela’
Ex-presidente criticou conduta de Alexandre de Moraes
Fonte: Revista Oeste - Por Fernando de Castro
Segundo o político, a função do Ministério Público é apenas para 'cumprir tabela' Foto: Reprodução/Revista Oeste/Oeste Sem Filtro/YouTube
O ex-presidente Jair Bolsonaro criticou, nesta segunda-feira, 3, a condução dos processos sob responsabilidade do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Segundo o político, a função do Ministério Público serve apenas para “cumprir tabela”.
A declaração do ex-presidente ocorreu durante entrevista para o programa Pânico, na rádio Jovem Pan. Bolsonaro elogiou a recente reportagem da revista Veja sobre as críticas da vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo.
“Li a reportagem da Veja e parabenizo a procuradora Lindôra”, elogiou Bolsonaro. “As decisões de Moraes já estão tomadas, porque, para ele, o Ministério Público só serve para cumprir tabela.”
Interpelado sobre Luiz Henrique Mandetta, ex-ministro da Saúde de seu governo, Bolsonaro o chamou de “garoto-propaganda”.
“O Mandetta foi uma tremenda decepção desde o começo, porque ele se alvorava como possível candidato à Presidência da República daquele órgão de imprensa [Rede Globo]”, disse Bolsonaro
Na sequência, o ex-presidente comentou a sua viagem aos Estados Unidos e a repercussão dos atos do 8 de janeiro.
“Esse pessoal do 8 de janeiro, quem fez aquele quebra-quebra não foi o nosso pessoal”, disse. “Você pode ver, o próprio ministro da Defesa, o senhor José Múcio, falou que não houve uma figura central no 8 de janeiro. Quem fez a baderna não foi aquele pessoal que estava acampado.”
Sucessor político
Tarcísio de Freitas é um dos possíveis nomes de Bolsonaro para a Presidência | Foto: Alan Santos/PR
Bolsonaro também não considerou “justo” debater por agora quem será o “sucessor do bolsonarismo” e o herdeiro de seu espólio político no momento.
No entanto, o ex-presidente comentou os possíveis nomes, como o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas; o governador de Minas Gerais, Romeu Zema; e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro.
“Não é justo falar de substituto”, argumentou o ex-presidente. “Estou na UTI, não morri ainda. Não é justo alguém querer dividir o meu espólio. Não tem nome de conhecimento no país todo para fazer o que fiz ao longo desses quatro anos. Nós ajudamos a surgir certas lideranças. Bons nomes apareceram, mas ainda não tem ainda esse carimbo.”
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