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As Paralimpíadas acabaram e deixaram uma importante mensagem para o mundo

A Olimpíada surpreendeu. Poucas pessoas acreditavam no sucesso do evento, principalmente por causa de todos os problemas que o Brasil e a cidade do Rio de Janeiro estão vivendo.


  Foto: Buda Mendes/CPB

Postado em: 21/09/2016 às 19:56:26   /   por Sabrina Andrade

A Olimpíada surpreendeu. Poucas pessoas acreditavam no sucesso do evento, principalmente por causa de todos os problemas que o Brasil e a cidade do Rio de Janeiro estão vivendo. 

O espírito olímpico contagiou toda cidade e a venda de ingressos disparou quando os jogos começaram. O Parque Olímpico estava cheio todos os dias e, também, os outros locais de competição. O público assistiu jogos de todos os países e fez uma festa incrível.

A procura para os ingressos dos Jogos Paralímpicos não era tão grande e os organizadores se preocuparam bastante, mas o clima olímpico que a cidade-sede vivia era encantador. 

Na segunda-feira, 22 de agosto, um dia após a cerimônia de encerramento dos Jogos Olímpicos, a venda de ingressos para os Jogos Paralímpicos começou a ter um número significativo. O público que estava comprando talvez não tivesse a dimensão do espetáculo que iria ter o prazer de vivenciar. 

Na cerimônia de abertura, no dia 7 de setembro, todos que puderam acompanhar, se emocionaram. Todas as arenas ficaram lotadas em dias normais de semana e, principalmente, nos finais de semana. Duas semanas antes do início dos jogos já não tinha mais ingressos para as competições dos finais de semana. 

Cada pessoa que teve o privilégio de poder acompanhar alguma partida saiu da arquibancada com uma nova maneira de ver a vida.

Nas Paralimpíadas muitos recordes foram quebrados e performances de alto nível foram apresentadas em todas as modalidades, demonstrando o alto nível da competição. 

Todos são atletas de alto rendimento, que se esforçam sempre para obter o melhor desempenho. Como qualquer atleta, os competidores da Paralimpíada têm uma rotina de muitas horas de treino por dia.  

Apesar do discurso bem intencionado do presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, na cerimônia de abertura, exaltando os atletas como “super-humanos”, eles não se veem dessa forma.

Segundo o nadador brasileiro André Brasil, a realização dos jogos no País foi uma grande oportunidade para mostrar à sociedade que um atleta paralímpico tem a mesma rotina e rendimento de um atleta olímpico. “Qual é a diferença que as pessoas colocam e o medo de se falar sobre a pessoa com deficiência ou deficiente? É um momento especial que a gente vive no nosso País, de transformação cultural, um momento no qual as pessoas querem entender mais sobre qualquer modalidade adaptada. É a hora que a gente tem para quebrar um pouco isso”, defende André. 

O esgrimista paralímpico, Rodrigo Massarutt, ficou paraplégico em um acidente de moto em 2005. Ele se considera igual a qualquer um, dentro de sua própria limitação. Ele conta que no começo achava que a vida não teria mais sentido, mas foi vendo que o ser humano é adaptável a tudo. Isso mostra que todos têm obstáculos para superar na vida, de diferentes formas. Como diz o esgrimista: “Acho que todo mundo tem dificuldade, acho que todos são super-humanos”.

O verdadeiro legado que a Paralimpíada vai deixar para todos é uma mudança cultural no País. A mudança de atitude em relação às pessoas com deficiência. É necessário respeitar as diferenças e promover sempre a igualdade. E o esporte é isso: superação, cooperação e trabalho em equipe. Uma linda inspiração para deixar como exemplo na vida de todos.

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